Batatais, minha terra é um sem-fim, tempo e história &dicas de viagem, genealogia, Direito e algo mais...
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
PERSONAGENS DA HISTÓRIA DE BATATAIS E SUAS HISTÓRIAS....Washington Luis
Os pais de Washington Luiz, ambos faleceram antes que pudessem ver a ascenção jurídico-polítca do filho que se tornaria célebre em Batatais, São Paulo e no cargo mais alto de Presidente da República que exerceu de 1926 até a deposição pelo movimento de 3 de outubro de 1930).
1) Joaquim Luís Pereira de Sousa (1839-1893)
2) Florinda Ludgera de Sá Pinto Magalhães (1848-1890)
terça-feira, 29 de setembro de 2015
O BRASIL ESTÁ NA MODA DESDE......1567!
O BRASIL ESTÁ NA MODA! Não, não precisa correr às maisons de Paris com tanta pressa...Nesta edição de 1567, com trajes da Europa, Ásia, África e "Ilhas Selvagens"....O Brasil já se apresentava com um certo "chic" natural....Primeira imagem: Capa, edição de 1567, obra de François Deserps, editora de Richard Breton (l'écrevisse d'argent), livro dedicado a Henrique de Navarra. Detalhes: 1) a capa já traz NAQUELA ÉPOCA o conceito de DIVERSIDADE...2) as perfeição e a qualidade das molduras. Fonte: Gallica, BnF.
domingo, 20 de setembro de 2015
Brasil e França: um mundo a descobrir, un monde à découvrir!
Brasil e França: um mundo a descobrir!
Le Brésil et la France: un monde à découvrir!
Le Brésil et la France: un monde à découvrir!
Vamos tentar enriquecer o blog com chamadas, fatos e fotos, tudo
que se refira à França, às ligações franco-brasileiras, com dicas de língua,
história, turismo e curiosidades, on y va!
CURIOSIDADES FRANCESAS: A Bibliothèque Nationale de France mantém um acervo vastíssimo, muitos livros e fotos que interessam a nós, brasileiros. Nesta sequência, fotos da Princesa Isabel e do Conde D'Eu - em comemoração ao aniversário de casamento ocorrido no Rio de Janeiro em 15 de Outubro de 1864.
CURIOSIDADES FRANCESAS: A Bibliothèque Nationale de France mantém um acervo vastíssimo, muitos livros e fotos que interessam a nós, brasileiros. Nesta sequência, fotos da Princesa Isabel e do Conde D'Eu - em comemoração ao aniversário de casamento ocorrido no Rio de Janeiro em 15 de Outubro de 1864.
Gaston d'Orléans (1842-1922), nome completo: Louis Philippe Ferdinand Gaston d’Orléans
Isabel do Brasil (1846 - 1921), nome completo: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga
O Conde D'Eu cerca de 10 anos de idade, em pé, com sua mãe, Duquesa de Nemours e seu irmão Duque D'Alençon, foto de 1852.
Conde D'Eu e Princesa Isabel em fotos pouco divulgadas.
quinta-feira, 7 de maio de 2015
E O CLUBE 14 DE MARÇO (RE) INVENTOU A MARCHINHA!
Se a brasilidade tem
“marcas” ou “identidades” culturais, com certeza o carnaval é uma delas e, em
qualquer ponto do planeta, se tocar samba ou marchinha, a imagem que vem à
cabeça é aquela verde-amarela, morena que remexe as cadeiras ou o malandro
risca-faca: gol do Brasil!!!!
A partir da primeira música criada
especialmente para o carnaval - o famoso “Ó abre alas” por Chiquinha Gonzaga,
em 1899 – a marchinha foi se consolidando nos primeiros anos do século XX,
atingindo o auge durante as décadas de 1920 e 1960, momento a partir do qual
entrou em declínio, superada, em parte, pela música estrangeira, mais barata de
ser produzida e divulgada e a popularização dos desfiles de escolas de samba, bem
como a entrada da televisão em cores e a chegada de outros ritmos dançantes,
mais ou menos descartáveis, ao sabor dos modismos que não ultrapassam um verão.
Pode-se dizer, sem margem de erro,
que as marchinhas são a própria “cara” do carnaval brasileiro, aquele mesmo
carnaval com foco irradiador no Rio de Janeiro e que atingiu todo o País com
formas e cores diversas, tonalidades regionais ou o que for, mas no imaginário
coletivo as marchinhas sempre tiveram lugar de destaque, cantadas de Norte a
Sul, em ritmo acelerado com letras ligeiras e de duplo sentido, críticas à
carestia da vida, ao governo, às dores de amor, à dor-de-cotovelo, às loiras,
morenas e às mulatas, à cachaça ou nada com nada. Quem pode dar sentido para
“mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar...” dos impagáveis Vicente Paiva e Jararaca?
Ao longo de décadas, músicos e
compositores deram o melhor de si para que sua marchinha “pegasse” no Carnaval.
A maioria era lançada no meio do ano e o rádio divulgava “de graça”. Assim,
quando chegava fevereiro, a marchinha “explodia” nas ruas e salões, um “grude”
nos ouvidos.
O cortejo de autores e cantores é
brilhante e imenso: Sinhô, Noel Rosa, João de Barro, o Braguinha, Ary Barroso,
Lamartine Babo, Mário Lago, Nássara, Klécius Caldas, David Nasser, João Roberto
Kelly,Sílvio Caldas, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Marlene, Carmen
Miranda, Mário Reis, Francisco Alves, Blecaute,
Noite Ilustrada, Joel de Almeida, Sílvio
Santos, Moacir Franco e até o...Chacrinha!
Brigados
de amor? Voltem às boas, sempre tem “aquela” seleção para dançar abraçados e
fazer as pazes ao som de Bandeira Branca, Máscara Negra, Eu Vinha pela
Madrugada, Jarro da Saudade, Turbilhão, pois, como diz o poeta, “a nossa vida é um carnaval,
a gente brinca escondendo a dor e a fantasia do meu ideal é você, meu amor...”
Do entrudo ao baile de máscaras,
dos ranchos e cordões ao corso das melindrosas, dos concursos de fantasias aos desfiles televisivos, o carnaval passou
por perdas e mudanças, algumas irreparáveis, como as “guerras” de flores e
confete, lança-perfume, os esguichos de água nas pessoas e carros, o baile do
Municipal e os concursos de fantasias; outras mudanças foram apenas de
intensidade, como é o caso das marchinhas e os bailes de salão.
De ano a ano, o Carnaval de
Marchinhas do 14 de Março cresce e ganha mais foliões; os blocos se enfrentam
com confete e serpentina, as fantasias ganham formas e cores, as crianças têm o
seu espaço garantido, a banda ataca com as inesquecíveis Cabeleira do Zezé, Maria
Sapatão, Cidade Maravilhosa, Taí, Quem Sabe, Sabe, Marcha do Remador, Colombina
yêyêyê, o Saca-Rolha, Touradas de Madri, Me dá um dinheiro aí, Pirata da Cara
de Pau, Doce de Coco, todos os sambas de enredo e, claro, Fio Maravilha,
verdadeiro “hino” só nosso, no final. Além das cinzas, a canja da madrugada!
Perto de completar 85 anos, pois
fora fundada em 1930, a Sociedade Recreativa 14 de Março, mais conhecida
simplesmente por “Clube”, vem recuperando desde 2012 a tradição dos bailes de
carnaval com marchinhas, sempre no sábado anterior ao carnaval oficial, para
que todos os foliões possam brincar e pular e, depois, no Carnaval propriamente
dito, viajar, descansar ou assistir aos desfiles das Escolas de Samba, afinal,
Batatais reina soberana nesse quesito.
A Diretoria atual, pela sua
Presidente, Dra. Patrícia Drosghic Vieira Kehdi, homenageia os fundadores do
“14 de Março”, diretores, funcionários e sócios, parceiros,
amigos e, por que não dizer? Foliões dos carnavais de ontem e de hoje, com
a foto de um carnaval datada do final
dos anos 1930 ou começo de 1940, vendo-se no canto direito, de pé, o
fundador Gustavo Simoni.
O Brasil deu o carnaval, o Rio de
Janeiro deu o samba, mas quem (re)inventou a marchinha foi Batatais!
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
O PRIMEIRO JORNAL DE BATATAIS
A história da imprensa em Batatais é
mais do que centenária; as poucas informações que tínhamos em Jean de Frans
(José Augusto Fernandes) no livro Bom Jesus da Cana Verde – Batatais de Outrora
(São Paulo, 1.939) e as do trabalho publicado na Revista do Instituto Histórico
e Geográfico de São Paulo por Lafayette de Toledo “Imprensa paulista – memória
histórica” (volume III, São Paulo, 1898) não coincidiam quanto ao ano da
fundação do primeiro jornal de Batatais: Jean de Frans apontava 1882 e o artigo
da revista do IHG/SP 1881. Os dois autores concordavam quanto ao nome do
jornal, “O Século” e o nome do fundador, César Ribeiro.
Até recentemente não havia notícia da
existência de nenhum exemplar de “O Século”, seja nos arquivos e bibliotecas de
Batatais, seja em outros repositórios. Por feliz acaso, descobrimos o número 8
de “O Século” na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro que nos cedeu cópia
digitalizada daquele nosso primeiro semanário, publicado em um domingo, 3 de
julho de 1881, cuja primeira página
ilustra o presente artigo.
A pesquisa em outras fontes
jornalísticas da época se mostrou frutífera, pelo Correio Paulistano, de
Joaquim Roberto de Azevedo Marques, número 7286, de 16 de março de 1881, confirmamos que “O Século” apareceria “em
breve” em Batatais, “semanário noticioso, literário, agrícola e comercial, de
propriedade de uma associação particular e redator César A. Ribeiro”.
Não dispondo de outros exemplares,
somos levados a crer que, de fato, “O Século” tenha publicado o primeiro número
em março de 1881. O momento vivido por
Batatais nas décadas finais do século XIX foi paralelo ao que se convencionou
chamar de Belle Époque paulista (ou
caipira): a riqueza proporcionada pelo café, chegada da ferrovia ao interior, indústria
nascente, revitalização do comércio, intensa urbanização e entrada de grande
número de imigrantes, especialmente italianos.
Os tempos eram outros se comparados aos
períodos anteriores, a elite rural -
dona de terras, escravos, capitais e
do mando político – se aliava aos bacharéis, professores e profissionais
liberais, a elite “intelectual”. O
interior refletia, de certo modo, o que ocorria nas grandes cidades e na
capital do Império, o Rio de Janeiro, a tentativa de engrandecimento pelo
refinamento à maneira de Paris, capital do mundo na época, a ditar moda,
estilos arquitetônicos, arte e literatura, tudo mediado pela imprensa
periódica, os jornais e revistas que traziam o mundo “de fora”.
As cidades do interior paulista desde
logo se mostraram propensas a acompanhar o movimento de fortalecimento da
imprensa periódica, ter um jornal próprio era motivo de orgulho, era um claro
sinal do “progresso” social e tecnológico da Belle Époque, o modo de expressão da intelectualidade local.
Assim, o aparecimento de “O Século” em
Batatais respondia aos anseios de um grupo de professores, advogados,
profissionais liberais e políticos ávidos por um meio de expressão em letra de
forma, oportunidade para exposição de ideias e debates e, até, do
“esclarecimento” da população menos letrada.
Aquele nosso primeiro jornal não teve
vida longa, menos de um ano, foi uma “rosa de Malherbe” pois na virada de 1881, os redatores César Ribeiro
e Gaspar da Silva, ambos portugueses, se transferiram para Franca e lá fundaram
o famoso “Nono Distrito” em janeiro de 1882.
Destes primeiros jornalistas de
Batatais – César Ribeiro e Gaspar da Silva, de vida aventurosa em vários pontos
do Brasil, envolvidos na maçonaria, na
fundação de escolas e vários jornais, no abolicionismo, no movimento
republicano e em muitas polêmicas pela imprensa trataremos em outras
oportunidades.
Publicação original com foto em "A NOTÍCIA VIP" - Batatais, ano I, número 7, dezembro de 2014
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